Dicas
Informações técnicas para auxiliar na preparação e execução de obras com os produtos Argamassa Brasil.
Segurança no Trabalho
A Argamassa Brasil destaca a importância da utilização de equipamentos de proteção individual (EPI).
Queda de material, inalação de pós residuais, ruídos extremos, partículas projetadas em direção aos olhos do trabalhador, podem e devem ser evitados com a utilização de capacete, máscara respiradora, protetores auriculares, óculos de proteção, botas de segurança e luvas.
No preparo e aplicação da argamassa, destaca-se o uso de máscara respiradora, luvas e capacete. As luvas devem sempre ser usadas para proteger as mãos dos produtos químicos encontrados na argamassa. A máscara respiradora é necessária, enquanto o material ainda não estiver misturado à água. Já o capacete é indispensável e deve ser utilizado em todo momento durante a obra.
Caso, no preparo da base, seja necessária a utilização de equipamentos ruidosos, como a serra mármore, os óculos devem sempre ser utilizados em conjunto com o protetor auricular e com a máscara respiradora.
Sistema de Revestimento
O Sistema de Revestimento é composto por todas as camadas que se completam em um piso ou uma parede.
No caso da parede, o Sistema de Revestimento é composto da seguinte maneira:
A. Alvenaria
B. Emboço
C. Argamassa colante
D. Cerâmica
E. Argamassa de rejuntamento
Já para o piso, o sistema de revestimento é composto por:
A. Laje
B. Contrapiso
C. Argamassa Colante
D. Cerâmica
E. Argamassa de rejuntamento
PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DA OBRA
O planejamento antes da execução de qualquer obra, independentemente do tamanho, é de suma importância para o seu sucesso. É nessa etapa que iremos determinar a mão de obra, o material e as ferramentas que são necessários para a sua execução. Havendo falha em qualquer item a seguir, poderão ocorrer atrasos e aumento nos custos da obra.
• Escolha do revestimento: A escolha do revestimento é muito importante em uma obra. Assentar revestimentos com baixo nível de PEI (classe de abrasão) em locais bastante movimentados ocasiona desgaste acelerado, já revestimentos lisos em rampas ou pisos externos aumentam a chance de acidentes. A falha nessas escolhas ocasionará uma possível substituição do revestimento resultando em perdas de tempo e de material.
• Escolha da argamassa colante e de rejuntamento: A utilização de uma argamassa incorreta poderá ocasionar o descolamento do revestimento ou o desgaste do rejuntamento.
• Planejar a Paginação: Prever a disposição dos revestimentos na área em que o mesmo será assentado ajuda no planejamento das juntas, dos cortes, dos pontos hidráulicos e elétricos, dos ressaltos e da impermeabilização.
• Seleção das ferramentas necessárias: A escolha das ferramentas a serem utilizadas deverá ser feita antes da execução para que se evite a utilização de ferramentas improvisadas e a perda de tempo. A desempenadeira é um bom exemplo, pois ela é determinante na quantidade de argamassa que será necessária, para a aderência do revestimento à base.
• Verificação da base ou substrato: Faça toda correção necessária na base, e não na argamassa colante de assentamento, como: nível, prumo, impermeabilização e caimento. A base deve apresentar resistência e suportar todos os esforços a que será submetida.
Na execução da obra a Argamassa Brasil ressalta mais uma vez importância da utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI).
ESCOLHA DO REVESTIMENTO
A escolha do revestimento deverá ser feita de acordo com o ambiente de assentamento especificado pelo cliente. Para isso, deve ser considerado o local de assentamento, as condições de uso e as condições climáticas.
Local de assentamento:
- Piso ou parede
- Local externo ou interno
- Área seca ou úmida
- Sauna
- Fachadas
- Piscina
- Outros locais específicos
Condições de uso:
- Residencial – área social ou íntima
- Comercial – com tráfego médio ou alto
Condições climáticas:
- Local muito quente ou muito frio
Outras características técnicas dos revestimentos são:
Absorção de água: capacidade que o revestimento tem em reter a água.
Resistência a ataques químicos: capacidade que o revestimento tem em resistir aos agentes químicos.
Resistência à abrasão: normalmente, ela é medida em PEI nos revestimentos de cerâmicas esmaltadas. Determina a resistência da placa ao desgaste.
Resistência Mecânica: capacidade do revestimento em suportar peso ou força sem quebrar.
Resistência ao gelo: capacidade do revestimento em resistir ao congelamento da água absorvida pelo revestimento.
Coeficiente de atrito (antiderrapante): característica responsável por evitar o escorregamento das pessoas ou máquinas que transitam sobre o revestimento. Segundo as normas de piso, é considerado antiderrapante quando o coeficiente for > 0,4.
Conhecido o ambiente de assentamento, partimos para os tipos de revestimentos. Cada tipo possui características técnicas diferentes, que deverão ser consideradas ao escolher o revestimento. A seguir, detalhamos os mais utilizados:
Cerâmica
A cerâmica de revestimento é uma mistura de argila e outras matérias-primas inorgânicas, queimadas em altas temperaturas, utilizada em larga escala pela arquitetura. A placa cerâmica é utilizada para revestir pisos e paredes, em ambientes residenciais, públicos, comerciais e industriais. Pode ser encontrada, também, nas formas de azulejos, ladrilhos e pastilhas.
Porcelanato
É uma variação de placas cerâmicas, em que o processo de fabricação e as matérias-primas utilizadas resultam em um produto de baixa absorção de água (≤ 0,5%). No mercado existem porcelanatos com três tipos de acabamento: natural, polido e esmaltado.
Pastilhas de porcelana
É um conjunto de placas porcelânicas de pequenas dimensões, com alta dureza, baixo índice de absorção de água (≤ 0,5%), muito utilizado no revestimento de piscinas e fachadas. Geralmente as placas vêm coladas em papel Kraft ou unidas com um ponto de cola. No mercado existem dois tipos de acabamento: natural e esmaltado.
Pastilhas de vidro
São peças de vidro de pequenas dimensões, de alta dureza, muito utilizado em piscinas e fachadas. São fornecidas em placas com papel Kraft. Atualmente, existem em vários tipos de acabamentos: translúcidos, transparentes, mutações (miscelânea), com bordas especiais e outros.
Pedras naturais
As pedras naturas se diferenciam dos demais tipos de revestimento, pois não possuem porosidade, densidade ou mesmo uma aparência uniforme, podendo variar de lote por lote. Para conseguir assentar essas pedras, é necessário utilizar uma argamassa específica, capaz de proporcionar um acabamento nivelado na superfície e com alta aderência. Pedra Miracema, Pedra São Tomé, Pedra Mineira, Pedra Goiás e ardósia são exemplos de pedras naturais.
Mármore e Granito
Mármores e granitos são revestimentos nobres que exigem argamassas de assentamento específicas. Trata-se de materiais naturais que são extraídos direto da natureza, por meio de máquinas que os cortam em blocos e depois os fatiam. Por fim, podem ser polidos, flameados ou apicoados, dando assim o acabamento na peça ainda em sua forma bruta.
Tipos de Argamassa
Após a seleção do revestimento, determinamos o tipo de argamassa que será utilizado para o assentamento e o rejuntamento do mesmo.
AC I: argamassa colante com características de resistência às solicitações mecânicas e termo-higrométricas (variação de temperatura e umidade) típicas de revestimentos internos, exceto aqueles aplicados em saunas, churrasqueiras estufas e outros revestimentos especiais. Para estes, recomenda-se o uso de uma linha especial de argamassas.
AC II: argamassa colante caracterizada pela capacidade de absorção dos esforços existentes em revestimentos de pisos e paredes internos e externos sujeitos à variação de temperatura, de umidade e à ação do vento.
AC III: argamassa colante que apresenta aderência superior em relação às argamassas dos tipos AC I e AC II.
Específicas: indicadas para situações especiais, tal como, no assentamento de revestimentos específicos, na utilização para textura, na necessidade de um tempo em aberto estendido (E), de uma argamassa com deslizamento reduzido (D) e em condições adversas do local e do ambiente.
ARGAMASSA PARA REJUNTAMENTO: Com o propósito de dar acabamento e de preencher as juntas de assentamento entre as placas de revestimento, as argamassas de rejuntamentos são comercializadas em várias cores e podem ser aplicadas em áreas internas e externas.
PREPARO DA BASE E DIAGNÓSTICOS – PISOS
Antes da aplicação de qualquer argamassa, devemos estar sempre atentos às condições da base. Problemas envolvendo prumo, porosidade, presença de umidade, resíduos e planeza são decisivos para o sucesso da aplicação do revestimento. Os passos, a seguir, deverão ser sempre seguidos para que haja um preparo ideal da base de aplicação da argamassa.
Pisos
Tipos de bases: Concreto e Contrapiso
Verificar se a base está plana: verifique com um auxílio de uma régua de 2,0 m ou 2,5 m a planeza da base. Não deve existir diferença de mais de 2 mm com relação a régua.
Verificar a dureza da base: de acordo com a profundidade de um risco feito com uma chave de fenda ou com um prego na base, verifique a dureza da mesma. Se o risco for superficial, a base será resistente. Bases com pouca dureza podem ceder e quebrar o revestimento.
Verificar a absorção da base: derramando 200 ml de água na base seca poderemos determinar, visualmente, o grau de absorção e, consequentemente, a porosidade. Se a água for absorvida rapidamente, significa que a base tem um grau maior de porosidade. Se for demorado o processo de absorção, isso indica que esta base é pouco porosa. Caso a base seja bastante porosa, umedeça-a antes de iniciar o assentamento.
Verificar o caimento da base: observar a direção do caimento, verificando se o mesmo direciona o fluxo da água aos ralos ou as saídas dos ambientes.
Verificar a aderência da base: com o auxílio de um martelo, verificar se existem sons ocos (normalmente, em assentamento de piso sobre piso). Além disso, verificar se há fissuras na base.
Realizar correções na base: caso alguns dos itens acima não estejam corretos, a base deverá ser corrigida ou refeita. Nunca aplique a argamassa se algum dos itens acima não estiver de acordo com as indicações.
Limpe a base: não deverá haver poeira, graxa, gordura, areia solta ou qualquer outro resíduo que dificulte a aderência da argamassa.
Cura da base: a base deve estar bem firme, resultante de uma cura de no mínimo 14 dias.
PREPARO DA BASE E DIAGNÓSTICOS – PAREDES
Tipos de bases: Em áreas externas temos apenas o emboço. Já em áreas internas temos: concreto, emboço sarrafeado, emboço desempenado, blocos vazados de concreto, blocos de concreto celular e blocos sílico-calcáreos.
Verificar o prumo da base: com o auxílio de um nível de prumo, verifique o prumo da base. Não deixe exceder a altura da parede, em metro, dividido por 900.
Verificar se a base está plana: com o auxílio de uma régua de 2,0 m ou 2,5 m, verifique a planeza da base. Não deve existir diferença de mais de 2 mm com relação a régua.
Verificar a dureza da base: de acordo com a profundidade de um risco feito com uma chave de fenda ou com um prego na base, verifique a dureza da mesma. Se o risco for superficial, a base será resistente. Bases com pouca dureza podem ceder e quebrar o revestimento.
Verificar presença de umidade: caso seja detectado algum vazamento ou umidade constante na base, o assentamento não deverá ser realizado antes do tratamento específico da mesma.
Verificar a absorção da base: derramando 200 ml de água na base seca poderemos determinar, visualmente, o grau de absorção e, consequentemente, a porosidade. Se a água for absorvida rapidamente, significa que a base tem um grau maior de porosidade. Se for demorado o processo de absorção, isso indica que esta base é pouco porosa. Caso a base seja bastante porosa, umedeça-a antes de iniciar o assentamento.
Verificar a aderência da base: com o auxílio de um martelo, verificar se existem sons ocos. Caso haja, isso indica uma má aderência do emboço à alvenaria. Além disso, verificar se há fissuras na base.
Realizar correções na base: caso alguns dos itens acima não estejam corretos, a base deverá ser corrigida ou refeita. Nunca aplique a argamassa se algum dos itens acima não estiver de acordo com as indicações. Caso o assentamento seja realizado diretamente em cima de concreto e o mesmo não esteja em condições de prumo e planeza, é recomendado o emboço da alvenaria para a correção.
Limpe a base: não deverá haver poeira, graxa, gordura, areia solta ou qualquer outro resíduo que dificulte a aderência da argamassa.
ESCOLHA DA DESEMPENADEIRA
A utilização de uma desempenadeira apropriada garante uma camada de argamassa colante adequada para cada tipo de assentamento. O tamanho do revestimento a ser assentado determina o tamanho dos dentes da desempenadeira que deverá ser utilizada, conforme o quadro.